Cenário Atual
Existem pesquisas que demonstram que o Governo Federal necessitaria de mais de R$ 100 bilhões para reformar as rodovias federais e mantê-las em estado de conservação satisfatório para o escoamento regular da produção e do tráfego de automóveis. Esse é um dinheiro que não existe no orçamento da União, portanto é muito difícil que a curto, médio e longo prazo, a situação seja resolvida, conforme a estatística abaixo:
Estatística dos tipos de transportes no Brasil (1999)
1º Rodoviário – 61,82%
2º Ferroviário – 19,46%
3º Aquaviário – 13,83%
4º Dutoviário – 4,58%
5º Aéreo – 0,31%
Com o atual modelo de transportes adotado no país, o custo Brasil se amplia em cerca de 30%, principalmente nas mercadorias exportadas, fazendo com que o produto nacional perca competitividade no mercado internacional.
 Quase 70% das rodovias no Brasil apresentam algum problema
Mais de 69% - 61.839 quilômetros - das rodovias brasileiras apresentam problemas de sinalização, pavimentação e geometria. A conclusão é de um estudo da Confederação Nacional do Transporte (CNT) que fez um panorama das rodovias em 2009. Além disso, a entidade alerta para o não uso dos recursos da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide).
Foram verificados pela CNT 89.552 km de vias estaduais e federais pavimentadas e as rodovias apontadas por órgãos públicos como de extrema importância para o desenvolvimento de regiões.
De acordo com o relatório, apesar dos problemas, houve melhorias na gestão das rodovias. Em relação ao último estudo, de 2007, 4,6% do pavimento e 7,1% das sinalizações melhoraram.
Consequências
As más condições das estradas brasileiras representam perdas econômicas, sociais e ambientais. Os problemas detectados na pesquisa podem gerar maior emissão de poluentes, comprometimento de cargas transportadas, maior tempo de viagem e consumo de combustíveis, além de mais custos operacionais e acidentes com e sem vítimas fatais.
O que se perde no transporte de grãos, por exemplo, também é creditado à falta de qualidade nas rodovias. De acordo com a Associação Brasileira de Logística e Transporte de Carga, somente nesta safra de grãos, o Estado do Paraná perdeu um milhão de toneladas. De acordo com a associação, essa estimativa vale para todas as safras e ocorre em vários Estados.
Constatações
A pesquisa foi desenvolvida no prazo de 45 dias e contou com o trabalho de 15 equipes que percorreu as estradas do país. O objetivo é apontar pontos críticos na malha rodoviária, que precisam passar por reformas. No processo de pesquisa, foram identificadas 18 quedas de barreira, quatro pontes quebradas, 93 erosões na pista e 78 buracos grandes.
Outra constatação foi a eficácia na administração das rodovias concedidas – onde se paga pedágio. Segundo a avaliação, 42,6% das rodovias concedidas foram consideradas ótimas, enquanto apenas 8,0% das administradas pelo poder público tiveram a mesma avaliação.
Tira-teima
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplica (Ipea) também verificou a situação das rodovias no Brasil e obteve o mesmo resultado. Segundo o órgão, 70% das estradas apresentam problemas. Estima-se que seriam necessários R$ 183,5 bilhões para “resolver o problema”.
De acordo com o Ipea, 70% das Obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para beneficiar o setor de transportes estão paralisadas. O principal motivo: a burocracia.
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