Desenvolvimento Rural
Por oposição a zona urbana, definem-se as zonas rurais (ou o meio rural, ou campo) como as regiões no município não classificadas como zona urbana ou zona de Expansão Urbana, não urbanizáveis ou destinadas à limitação do crescimento urbano, utilizadas em atividades agropecuárias, agro-industriais, extrativismo, silvicultura, e conservação ambiental.
Embora tradicionalmente estas áreas tenham sido primariamente utilizadas para a agricultura ou pecuária, atualmente grandes superfícies podem estar protegidas como uma área de conservação (de flora, fauna ou outros recursos naturais), terras indígenas, reservas extrativistas e ter outra importância económica, por exemplo, através do turismo rural ou ecoturismo.
Até a década de 70, o Brasil sempre foi um país rural, com sua economia voltada principalmente para a monocultura do açucar, café, fumo, cacau, etc. Todo o poder, todas as relações econômicas e de riqueza se passavam no meio rural.
Estabelecer uma política voltada para o meio rural foi um grande desafio, pois o modelo adotado naquela época, de se conceder empréstimos subsidiados a custo zero ou negativo, se exauriu em 1988, quando se buscou mais fortemente acabar com a inflação no país.
Nesta ocasião o Governo Federal deixou de conceder empréstimos de financiamento rural subsidiados, provocando um grande abalo naquela estrutura arcaíca, onde o dono da terra tinha tudo e os rendeiros (Trabaladores que moravam nas fazendas e viviam de ganho, pagando renda aos fazendeiros) não tinham nenhum direito. Daí veio a aposentadoria do lavrador rural aos 60 anos, um excelente distribuidor de renda, de redução de desigualdades e de independência para os rendeiros de fazenda.
Já na década de 90, foram estruturadas uma série de ações visando a reorganização da vida no campo, nas três esferas de poder, de modo a enfrentar a concorrência internacional, tudo visando produzir e exportar produtos agrícolas em larga escala. Se dava a intensificação do agronegócio.
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